30 setembro 2006

Para além de nós




Algo está em mim
Habita-me
Corrói-me,
Destrói.

Corre no sangue
Suja-me a alma
Petrifica-me os desejos,
A crença.

Quero o brilho!

Fecho-me no buraco negro
Sem te deixar entrar.

Espero que me descubras
No acaso inexistente,
Na vida.

Não há tempo.
Não há destino.

Há a nossa vida.
O que havemos de viver?

Que é que me magoa
Impede de seguir
De te encontrar?

Aprisiono-me em ordens
Que me entopem a mente.
Se a soubesse calar!
Se te soubesse encontrar.

Os ses de sempre...

Estes prolongam-se para além de nós.

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