26 junho 2007

Bengala

Encosto a bengala entorpecida
enquanto contemplo a felicidade lá fora.
Na ilusão do que por aqui passou, vou!

Insondável frieza que te segura!

Semeio ao vento
tudo me afasta
descalça
sofro no tempo.

Inútil,
será apressar-me
para te ver chegar!

A terra há-de acolher-me,
reconfortar-me,
silenciar a solidão,
um dia!

04 junho 2007

Gostava de me ver de novo brilhar no teu olhar!






O som de uma ultima música bastou
Para embalar os sentimentos adormecidos.
Batiam os corações de quando a quando,
Descontínuos, descompensados,
Perdidos no tempo que passou.

Na terra a única ligação dos dois corpos desertificados!

A poluição mental havia tornado límpido
o sangue que arrefecia o coração.

Em mim, surgiam palavras em frases soltas,
Gritos de dor!

Porquê assim?

Acabaste com o que melhor havia dentro de mim
... sonhos de menina!

Ficaram apenas migalhas soltas ao vento!

Foi, uma janela fechou-se,
já nem vemos sombras do que eramos...

Soluçamos por um carinho,
Reaprendemos para silenciar o que mudo ficou!

Gostava de me ver de novo brilhar
No teu olhar!