19 abril 2007

No baloiço!




Ouço o som das minhas mãos!
Falam-me da vontade de escrever,
da memória do tempo em que sentia,
da vontade de viver intensamente...
de voltar.

Não interessa o sentido, o entendimento
vou propositadamente escurecendo,
escandalizando os meus valores,
lutando contra o que era.

Enegreço a alma em que não acredito,
embriago os sonhos para que se alterem,
mudem, acrescentem-me algo,
façam-me ver para lá da cegueira.

Jogos de palavras ao ritmo da caneta
que desliza querendo papel,
com a mesma cede que sinto
em querer-me preencher.

Quem vem aí?
O que há para lá do encoberto?